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segunda-feira, 17 de junho de 2013

HOMENAGEM


Joaquim Vieira Basílio, nasceu a 15 de Abril de 1936, na freguesia de Ceira, em Coimbra. Desde 1959 que partilha a sua paixão pelo teatro e pela poesia. Durante os anos 90 deu corpo à personagem “O Cego”, na Romaria do Senhor da Serra em Coimbra. Em 1992, na I Feira Medieval de Coimbra, criou o "Mendigo Basílius" que desde então percorre o país em recriações históricas e é reconhecido em Espanha e Itália, onde é especialmente acarinhado.
Este "mendigo leproso" tem a particularidade de doar todas as esmolas que angaria nas suas representações a instituições de solidariedade social.
Este ano contemplou a Casa dos Pobres de Coimbra e o Colégio de S. Caetano com os 400,14 euros que angariou.
Este grande homem, jovem de 77 anos, é agora justamente homenageado pela Câmara Municipal de Coimbra.

Bem haja, Joaquim.

domingo, 16 de junho de 2013

Profissão, repórter – Repórter à Solta

Profissão, repórter – Repórter à Solta

TESTEMUNHO EM PORTUGUÊS

Porque a indiferença compactua e a violência não ajuda, urge a indignação!

HOJE EM ISTAMBUL !!! 
A Policia entrou na praça Taksim com gás lacrimogéneo, canhões de água e balas de borracha numa acção de violência desproporcionada sobre os manifestantes pacíficos .... 

"São seis da manhã cá e acabo de chegar a casa. Foi uma das noites mais inacreditáveis da minha vida e tenho um favor a pedir-vos: por favor divulguem tudo o que puderem sobre a resistência na Turquia. Hoje fui expulso de um parque com uma carga policial. Hoje fui empurrado para um hotel com dezenas de feridos. Hoje fui fechado em salas com gás lacrimogéneo por todo o lado, sem conseguir abrir os olhos de tanto arder,sem conseguir respirar. Hoje levei com um canhão de água com químicos só por estar em frente a um hotel sem estar a ameaçar o quer que seja. Hoje estive nas ruas com o povo de Istambul  Hoje construí barricadas com eles, hoje atirei de volta as cápsulas de gás para cima da polícia, hoje fugi lado a lado pelas ruelas com medo da Polis. Hoje passei por Gezi durante a noite e já bulldozers a destruir tudo: o nosso parque, as nossas tendas, as nossas coisas. Hoje vi pessoas quase a asfixiarem, vi feridas abertas nos corpos. Hoje senti um tiro raspar-me as calças. Hoje fui tirado à bruta de dentro de um táxi pela polícia e revistado de cima a baixo, tudo o que estava dentro da mochila, e ofendido por ter um panfleto de Gezi como separador de um dos livros. Hoje volto a casa com uma raiva deste grupo de pessoas, deste grupo de caras, deste grupo de gravatas,destes Tayyips, e desta gente que veste o uniforme enquanto despe a consciência. Hoje chego a casa estoirado, a sentir que não durmo há dias, mas com a energia para correr todas as ruas desta cidade. Hoje chego a casa com mais força para lutar. Principalmente porque sei que não estou sozinho. Mas também sei que se a mensagem não passar aí para fora estamos perdidos. Estou num país onde um homem tem o direito de mandar espancar brutalmente milhares de cidadãs só porque ocuparam um parque. Sei que não podem vir para cá, mas por favor levem-nos para aí."

Via Pedro Feijó e com uma lágrima do canto do olho.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

INTEMPORAL
















Há que dar tempo ao Tempo para que o Tempo possa ter tempo de ser Tempo a seu tempo.

JoTa

quinta-feira, 13 de junho de 2013

SWAPhipocrisia


Estado podia ter anulado contratos swap em tribunal.
"São vários os argumentos referidos para sustentar a viabilidade de pedir a anulação dos contratos por via judicial. Um dos argumentos mais fortes é a necessidade de visto prévio do Tribunal de Contas a contratos que resultem em encargos financeiros ou patrimoniais.
Parecer jurídico entregue em Setembro de 2012 invoca ausência de visto prévio do Tribunal de Contas. Governo preferiu negociar"

ARTIGO COMPLETO:
http://apodrecetuga.blogspot.com/2013/05/o-descaramento-das-swap-e-viva-o.html#ixzz2W5twHHFz

terça-feira, 11 de junho de 2013

A DOR

É bem sabido que o coração está fechado num tubo e que uma quantidade suficiente de tristeza o faz cair por esse tubo, geralmente conhecido como batoque, ou espiráculo, que termina na boca do estômago. Ao fundo do batoque, ou espiráculo, há um alçapão - feito de  cartilagem - chamado moletum. No passado, quando uma desilusão amarga atingia um humano e era demasido intensa para suportar, o moletum abria-se e o coração passava por ele, o que proporcionava aos que tinham sofrido uma dor excessiva um alívio misericordioso, acabando-lhes com a vida. Hoje, há tanta dor no mundo que praticamente ninguém conseguiria viver, de modo que a natureza, sempre protectora, fundiu o moletum no espiráculo, impedindo-o de se abrir, e o sofrimento, por mais terrivel que seja, tem simplesmente de ser suportado.
in "as 4 últimas coisas"

quarta-feira, 5 de junho de 2013