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domingo, 11 de março de 2018

Por Tutatis!

  

A civilização humana vai transbordando do planeta Terra

Mais de 9.000 pedaços de destroços espaciais orbitam a Terra, um perigo que só tende a piorar nos próximos anos, de acordo com cientistas da NASA. Os pedaços de lixo espacial de 10 centímetros ou mais totalizam 5.000 toneladas, de acordo com relatório publicado na revista Science.

Mesmo que todos os lançamentos ao espaço fossem interrompidos agora - e não serão - a colecção de destroços continuaria a aumentar, na medida em que objectos em órbita colidem uns com os outros e se quebram em fragmentos ainda menores, disse um dos autores do trabalho, J.C. Liou, numa entrevista à agência Associated Press.
A área mais lotada de fragmentos encontra-se entre 885 km e 1005 km de altitude, disse Liou, explicando que isso representa um risco menor para os voos espaciais tripulados.

 
A Estação Espacial Internacional orbita a 402 km, e o alcance do vai-vem espacial não supera os 603 km. Mas o depósito de lixo orbital poderá representar um perigo para voos comerciais e científicos. Boa parte dos destroços são produto da explosão de satélites, principalmente estágios superiores deixados em órbita contendo combustível ou líquidos sob pressão.

O lixo é tanto que foi criada a CORDS (sigla inglesa para Centro de Estudos para Detritos Orbitais). Esta agência calcula que Portugal será uma das zonas de impacto prováveis a ser contempladas com a queda da estação orbital chinesa Tiangong-1, prevista para a última semana de Março, primeira de Abril. O lab chinês, além de pesado (umas oito toneladas), também é tóxico.

"Pode haver, entre outras, uma substância altamente tóxica e corrosiva chamada hidrazina, a bordo da nave, que pode resistir à reentrada na atmosfera. Para sua segurança, não toque em qualquer detrito que possa estar no solo e evite inalar os vapores emitidos", pode ler-se em comunicado.


A acontecer, será mais uma sucata chinesa que vai chegar a Portugal sem pagar impostos...






sábado, 13 de janeiro de 2018

EMBOSCADA

 


Arquivo GNR

 

 "Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os Estados sociais, os corporativos e o Estado a que chegámos..."

Salgueiro Maia




Este dia 12 de Janeiro de 2018 vai ficar registado como um triste exemplo do "Estado a que chegámos". Um Estado demissionário dos seus deveres de protecção do cidadão e dos seus bens, antes transformado num Estado incumpridor e cúmplice de esquemas manhosos políticos e económicos lesivos para si próprio, ou seja, para nós todos, portugueses.
Os esquemas são muitos, mas hoje refiro-me àquele que resulta na prática a uma perseguição à Animação Turística.

Neste dia solarengo de Inverno, 30 viaturas 4x4 transportavam os participantes num evento corporativo em direcção à sua aventura com início em Palmela. No último troço da A2 reparámos em algumas viaturas da BT em passagem ou na berma, a última das quais à saída da estação de serviço. Comentou-se até que devia passar-se alguma coisa para tanta movimentação. E passava!...
Depois de sairmos da A2, na N379-2 com a N379 surgiu-nos um aparato de meia-dúzia de viaturas da BT e um pequeno "exército" de agentes. Eu que seguia á frente da coluna e que queria ir para a N379, fiz sinal e encostei-me à esquerda, levando os outros atrás, o que provocou a primeira situação... caricata: três agentes atravessaram a via a correr para nos bloquear o caminho e indicar a berma. Alguém comentou: - Ena! Isto parece uma emboscada! Estão com medo que escape algum?...
Parei na berma. Ainda só estavam visíveis 4 dos que me seguiam, quando o agente me diz: - Chegue mais à frente para caberem os que aí vêm. (?...)
Estranho... mas eu na minha inocência parva ainda pensava que... pronto! Tinha-me calhado hoje a mim!
Enquanto mostro os documentos, o triângulo, o colete e o agente conta os meus passageiros, aprecebo-me que estou entalado numa selva de jipes amontoados em terceira fila. Mandaram parar todos! Gerou-se um caos com carros a apitar e pessoal a reclamar. Os agentes chamam reforços. Resposta via rádio:
- Mas... há violência?
- Não! Só confusão... é que é muita gente.
Os portáteis nos veículos da BT começaram a cuspir papéis. O agente que me atendia pediu-me que o acompanhasse e com um ar solene diz-me:
- Sabe, temos um problema no seu veículo.
- Que problema?
- A capota é branca.
Achei que era uma piada para descomprimir do ambiente tenso e ruidoso.
- E então? Sempre foi branca.
- Não pode. Tinha que ser verde. Vai ser autuado. Paga já ou retenho os documentos... você é que sabe!
Entretanto, ao lado deste agente, outro, menos educado e algo agressivo, pára de teclar a multa de outro perigoso prevaricador para me perguntar em rajada:
- O carro é seu? Isto é um evento? Estão-lhe a pagar?
A minha tampa começou a querer saltar. Contei até um número razoável e respondi com um sorriso cristão:
- Não! São todos meus amigos...
- Você está-me a gozar?
Mantive o meu sorriso cristão.
- O que é que o sr. agente acha?
A coisa começou a azedar. Fui novamente ao carro buscar as papeladas, registos, actividade, seguros. A papelada manteve o sr. agente ocupado durante bastante tempo. Tempo que aproveitei para me dirigir aos outros e constatar que ninguém escapava ao metralhar constante.
- Você está autoado pelos pneus.
- Estão nos 15% de tolererância, sr. agente.
- Humm... então está autoado pelos faróis na grelha.
- Mas, oh sr. agente, os faróis são estética, não funcionam.
- Não tem um botão para ligar?
E abrindo a porta do veículo, convida:
- Faça favor de carregar os botões todos...
Dois veículos à frente:
- Este mata-vacas é proibido, sabe?
- Mas é de origem, sr. agente.
- Pois, vai dar multa e apreensão, sabe?
Ao lado:
- (...) e também não tem cintos atrás...
- Não é obrigatório neste carro.
- Pois... vai ser autuado.
É uma "zona de guerra". E as "baixas" são pesadas. O tempo passa e os nossos horários estão comprometidos. Dirijo-me a um agente que, de mãos atrás das costas, parece apenas vigiar o perímetro e refiro a necessidade de apressar as coisas ao que ele me responde:
- A quinta não foge!
O meu queixo caíu.
- Quinta?
- Ou lá o sítio para onde vão... não foge!
Pois, está visto.

Mais comentários e análises, vou-me abster de fazer. Apenas deixo este relato dos acontecimentos de hoje, mais um dia de trabalho arrancado a ferros mas que termina com um sempre gratificante:
- Muito obrigada. Foi fantástico! Só foi pena não termos visto o pôr-do-sol lá na Arrábida. Mas a culpa não foi vossa. Obrigada.

Quem se anda a vangloriar da recuperação económica, sabe qual a parte que deve às Empresas de Animação Turística.
É feio morder a mão que nos alimenta...




quarta-feira, 19 de abril de 2017


VACINAS

De uma coisa eu tenho a certeza, infelizmente:
- Jamais vai existir uma vacina anti-borreguismo.
E é pena! Porque acabava com a pior epidemia da humanidade e mudava o nosso mundo para sempre.
Nunca existiriam "bruxas de Salem", "11 de Setembro", "armas de destruição maciça", "ataques NBQ" e outras justificações da treta para subjugar culturas/países que não nos querem DAR os seus recursos naturais, não nos deixam construir McDonalds, fábricas texteis com mão d'obra escrava, ou simplesmente não querem adoptar o nosso maravilhoso sistema político-social.
 "- Ah e tal, vamos invadir o Quaquistão porque os quaquistaneses são maus, têm armas químicas e comem criancinhas ao jantar."
 Depois de uma semana a levar com a campanha "Quaquistaneses maus" nos mídia, os não vacinados passam a nutrir um ódio de morte aos perigosos terroristas e estão prontos a pegar em armas para os irradicar do planeta.
 Depois de uma comissão no Quaquistão a derreter munições em tipos de tanga armados de arco e flecha, os paladinos da civilização começam a questionar onde estão os arsenais de armas químicas. E se os selvagens comem criancinhas ao jantar, como é que ainda têm tantas?...
No final da comissão, com alguma sorte, voltam para casa traumatizados com o que viram e fizeram em prol de uma causa que já se lhes varreu. Muitos deles acabam por se autodestruir.
 Mas entretanto, o Quaquistão, agora sem quaquistaneses (livres, pelo menos), abraça o progresso. Inúmeras multinacionais reconstroem o país desde os edifícios à estrutura económica, com muitos poços de petróleo, gaseodutos, bancos, farmaceuticas e centros comerciais. O Quaquistão está finalmente no mapa da globalização económica. Os mídia condecoram heróis, enautecem a paz e o progresso...
Enfim!... há programas de vacinação merecedores da confiança do cidadão e que apenas visam o bem estar geral...
Será?!...


segunda-feira, 20 de março de 2017

Os últimos Ents do Monte da Lua

                             Parque da Pena, Sintra


Juntamente com Fangorn e Finglas, Fladrif foi um dos primeiros Ents a aparecerem na Terra-média. O seu nome significa, em Sindarin, Casca-de-Pele, e ele vivia nas encostas das montanhas a oeste de Isengard. Os orcs atacaram o seu vale, matando muitas árvores e Ents, e ele próprio foi ferido. Foi então que subiu para lugares altos, para viver junto das bétulas, suas preferidas, e não mais desceu de lá.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017



Só uma língua rica e madura (mesmo a lamber as feridas do AO90) consegue transmitir sons e sensações como se ao ler, tivéssemos acesso ao "soundtrack" da cena:


               CAPUCHINHO VERMELHO vr. DREAD

Bello Regno by L'Oreal

"Tás a ver uma dama com um gorro vermelho? Yah, essa cena!

Então a pita foi obrigada pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha tava a bater mal, tázaver?
E então disse-lhe:

- Ouve, nem te passes! Népia dessa cena de ires pelo refundido das árvores, que salta-te um meco marado dos cornos para a frente e depois tenho a bófia à cola!

Pá, a pita enfia a carapuça e vai na descontra pela estrada, mas a toca da velha era bué longe, e a pita cagou na cena da kota dela e enfiou-se pelo bosque. Népia de mitra, na boa e tal, curtindo o som do iPod…
É então que, ouve lá, salta um baita dog marado, todo chinado e bué ugly mêmo, que vira-se pa ela e grita:

- Yoo, tá td? Dd tc?

- Tásse… do gueto ali! E tu… tásse? - Disse a pita
- Yah! E atão, q se faz?
- Seca, man! Vou levar o pacote à velha que mora ao fundo da track, que tá kuma moka do camano!
- Marado, marado!… Bute ripar uma até lá?
- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de pildra se me cata…- Dasse, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até à casa da tua velha, até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada.
- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!!

E lá riparam. Só que o dog enfiou-se por um short no meio do mato e chegou à toca da velha na maior, com bué avanço, tázaver? Manda um toque na porta, a velha “quem é e o camano” e ele “ah e tal, e não sei quê, que eu sou a pita do gorro vermelho, e na na na…”. A velha abre a porta e PIMBA, o dog papa-a toda… Mas mesmo, abre a bocarra e o camano e até chuchou os dedos…O mano chega, vai ao móvel da velha, saca uma shirt assim mêmo à velha que a meca tinha lá, mete uns glasses na tromba e enfia-se no VL… o gajo tava bué marado mêmo, mas a larica era muita e a pita era à maneira, tásaver?

A pita chega, e tal, e malha na porta da velha.

- Basa aí cá pa dentro!
- Grita o dog com a voz abichanada.- Yo velhita, tásse?
- Tásse e tal, cuma moca do camâno… mas na boa…
- Toma esta cena, pa mamares-te toda aí…- Bacano, pa ver se trato esta cena.
- Pá, mica uma cena: pa ké esses baita olhos, man?
- Pá, pa micar melhor a cena, tázaver?
- Yah, yah… E os abanos, bué da bigs, é pa ke?
- Pá, pa poder controlar melhor a cena à volta, tázaver?
- Yah, bacano… e essa cremalheira toda janada e bué big? Pa que é a cena?
- É PA TE CHINAR ESSE CORPO TODO!!! GRRRRRRRR!!!!

E o dog manda-se à pita, naquela mêmo de a engolir, né? Só que a pita dá-lhe à brava na capoeira e saca um back-kick mesmo directo aos tomates do man e basa porta fora! Vai pela rua aos berros e tal, o dog vem atrás e dá-lhe um ganda-baite, pimba, mêmo nas nalgas, e quando vai pa engolir a gaja aparece um meco daqueles que corta as cenas cum serrote, saca de machado e afinfa-lhe mêmo nos cornos. O dog kinou logo ali, o mano china a belly do dog e saca de lá a velha toda cheia da nhanha."
JoCortez

Ina man, e a malta a gregoriar-se toda!...

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A idade que temos são os anos que nos restam, porque os já vividos não os temos mais...