quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
DESGOVERNOS
Nos últimos dias assiste-se, nas declarações dos políticos, à ressurreição da clivagem esquerda-direita. Desde que se tornou evidente que o Syriza ia ficar na mó de cima que as máquinas do marketing partidário começaram a cuspir estratégias.
Primeiro aponta-se o Syriza como "radical de esquerda". Assim que foi eleito, fez acordos com quem? Com a suposta "extrema direita". Perante este facto o marketing partidário voltou a pôr os "brains" a fumegar, para ajustar estratégias. Todos os dias assistimos a uma colagem descarada de uma suposta esquerda que espera tirar dividendos do trabalho dos gregos e o distanciamento cauteloso de uma suposta direita que rosnando ao novo poder grego para não indispor as troikas que lhe seguram a trela, não chega nem a ladrar, não vá isto dar para o torto...
Estes números de circo, seriam até divertidos de ver se não tivessem consequências. Se cada cidadão tivesse consciência de que o conceito "direita/esquerda", já era! Os políticos recorrem a ele sempre que querem tirar dividendos à pála do enraizamento que esta clivagem deixou na cabeça das pessoas.
Há muito que os ideais foram na descarga do autoclismo. Hoje impera o marketing político, a arte de vender tangas em troca de votos...
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