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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ARMAS QUÍMICAS

LEMBRAM-SE?




"GUERRA NO IRAQUE


CIA e MI6 sabiam que não havia armas de destruição maciça


por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca18 março 2013

As secretas dos EUA e do Reino Unido ignoraram informações de dois elementos do regime de Saddam Hussein sobre a inexistência de um programa ativo de armas de destruição maciça (ADM), segundo uma investigação da BBC.


A agência central de informações norte-americana CIA e os serviços de informações britânicos MI6 tiveram essas informações meses antes da invasão de março de 2003, mas ignoraram-nas e não as revelaram em inquéritos posteriores, segundo a investigação, a emitir hoje à noite numa edição especial do programa Panorama.

O jornal britânico The Guardian, que viu a reportagem, escreve hoje que ela mostra como o então ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano, Naji Sabri, disse ao então chefe da CIA em Paris, Bill Murray, através de um intermediário, que o programa de ADM do Iraque era "virtualmente nada".

Numa declaração escrita, Naji Sabri afirmou que a história contada pela televisão britânica é "completamente inventada".

Segundo o programa, meses antes da guerra, um responsável do MI6 encontrou-se com o chefe dos serviços secretos do Iraque, Tahir Habbush al-Tikriti, que também assegurou que Saddam não tinha um programa ativo de ADM.

O encontro foi na capital da Jordânia, Amã, "dias antes de o Governo britânico publicar o agora grandemente desacreditado 'dossier' sobre as armas iraquianas em setembro de 2002", escreve o jornal."

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Trapalhadas e aldrabices incendiárias


"Como as pessoas em Portugal têm a memória curta por esquecimento ou conveniência, vamos tentar elucidar, sucintamente, todo este imbróglio. Porque de um imbróglio se trata, apesar da aparente candura das palavras ministeriais."



Por João José Brandão Ferreira

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Reflexos



"Num tempo de engano universal, dizer a verdade é um acto revolucionário."
George Orwell




O Governo norte-americano pediu nesta segunda-feira “pelo menos 60 anos de prisão” para Bradley Manning, o soldado que passou informação à Wikileaks.

O procurador militar Joe Morrow pediu à juíza Denise Lind que “envie uma mensagem a todos os soldados que pensem roubar informação classificada”: “Devemos assegurar que não voltaremos a assistir a um circo destes.”

Manning, de 25 anos, admitiu ter passado cerca de 700 mil documentos confidenciais à Wikileaks.

Na semana passada, Manning pediu desculpa pelos danos causados aos EUA. “Lamento as consequências não intencionais das minhas acções. Quando as tomei, acreditei que estava a ajudar pessoas, não a prejudicá-las”.

O advogado de Manning contrapôs que o Governo “quer que ele apodreça na prisão”, lamentando que não haja preocupação com a “reinserção” de um jovem “humanista”, "muito inteligente", “certamente ingénuo, mas bem-intencionado”.

Após dois meses e meio do processo em tribunal, a juíza vai retirar-se na terça-feira para deliberar.


sábado, 17 de agosto de 2013

O massacre do miúdo rico

Judite de Sousa exemplificou no Jornal das 8 de 16 de Agosto, na TVI, como devia ter entrevistado a maior parte dos figurões da política e/ou da finança deste país nos últimos tempos.
 Pena que o entrevistado, ou antes, massacrado, fosse apenas um jovem aturdido que mal conseguiu balbuciar algumas palavras em sua defesa, defendendo-se de absurdos como o valor do relógio que usa ou dos diamantes do crucifixo que tem ao pescoço. Mesmo assim, acho que percebi que faz mais por este país (que nem é o dele) este miúdo rico que organiza festas milionárias que fazem mexer a economia e que patrocina a realização de sonhos de crianças, do que a implacável entrevistadora, que não sendo pobrezinha, não se lhe conhece nenhum activismo social.

Assim se borra a pintura e se mancha uma carreira:

www.youtube.com/watch?v=cv6WdNMaZv4

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

ALERTA QUÊ?!...

Chega a ser hilariante de ridícula a polémica levantada acerca dos alertas de terrorismo feitos pela agências de segurança, para os próximos tempos. Uns acham um exagero, outros, que é apenas para justificar os "PRISMAS" da polémica...
Acreditem que se a Agência Nacional de Segurança decidir fazer com que o rebanho se convença que os seus métodos são perfeitamente justificáveis perante as ameaças, podemos acreditar que as ameaças se vão concretizar, nem que sejam os próprios agentes a pôr as bombas (já vão estando habituados...).

JoTa

Chef activista contra junk food



O Chef Jamie Oliver acaba de ganhar uma batalha contra a maior cadeia de junk food do mundo. Depois que Oliver mostrou como fazer hambúrgueres, o McDonald, anunciou que a franquia vai alterar a receita.

De acordo com Oliver, as peças de carne gordas são "lavadas" com hidróxido de amônia e, em seguida, utilizada na fabricação do "bolo" de carne para encher o hambúrguer". Antes deste processo, de acordo com o apresentador, a carne era imprópria para o consumo humano.

Oliver, Chef ativista radical, que tem assumido uma guerra contra a indústria de alimentos, E diz: "Estamos falando de carne que tinha sido vendida como alimento para cães e após este processo serve para os seres humanos. Além da qualidade da carne, o hidróxido de amônia é prejudicial para a saúde. Oliver chama de: "O Processo de Merda Rosa".

Por que o homem no seu perfeito juízo iria colocar um pedaço de carne embebido em hidróxido de amônia na boca de uma criança?

Em outra de suas iniciativas, Oliver demonstrou como são feitos os nuggets de frango: Depois de selecionar os "melhores pedaços", o resto: a gordura, pele, cartilagem, órgãos, ossos, cabeça, pernas, são submetidos a separação mecânica e liquefeitos, é o eufemismo usado por engenheiros de alimentos, e, em seguida, que a pasta de sangue-de-rosa é desodorada, descolorida, reodorizada e repintada, capeadas de marshmallow, farináceos e frito, este é geralmente reaquecido em óleos parcialmente hidrogenados, ou seja tóxico.

Nos EUA, Burger King e Taco Bell já abandonaram o uso de amônia em seus produtos. A indústria alimentar utiliza hidróxido de amônia como um agente anti-microbiano, o que permitiu McDonald usar nos seus hambúrgueres de carne de entrada, impróprios para consumo humano.

Mais irritante ainda é a situação em que essas substâncias à base de hidróxido de amônia são considerados "componentes legítimos procedimentos de produção" na indústria de alimentos, com as bênçãos das autoridades de saúde em todo o mundo. Portanto, o consumidor não pode nunca ter descoberto os produtos químicos que põem em nossa comida.

Fonte: El Cocinero Loko
Via: Filosofia imortal, Revellati online

terça-feira, 30 de julho de 2013

"Saque? Não acredito! Porque seria pensar que os irmãos cristãos pecaram em seu Sétimo Mandamento."




Exposição do Presidente Evo Morales ante a reunião de Chefes de Estado da Comunidade Europeia


Quem deve a quem? Genial discurso de Evo Morales escondido pela imprensa



Com linguagem simples, que era transmitida em tradução simultânea a mais de uma centena de Chefes de Estado e dignitários da Comunidade Europeia  o Presidente Evo Morales conseguiu inquietar sua audiência quando disse:





Aqui eu, Evo Morales, vim encontrar 
aqueles que participam da reunião.

Aqui eu, descendente dos que povoaram a América há quarenta mil anos, vim encontrar os que a encontraram há somente quinhentos anos.

Aqui pois, nos encontramos todos. Sabemos o que somos, e é o bastante. Nunca pretendemos outra coisa.

O irmão aduaneiro europeu me pede papel escrito com visto para poder descobrir aos que me descobriram. O irmão usurário europeu me pede o pagamento de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei a vender-me.

O irmão rábula europeu me explica que toda dívida se paga com bens ainda que seja vendendo seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento. Eu os vou descobrindo. Também posso reclamar pagamentos e também posso reclamar juros. Consta no Archivo de Índias  papel sobre papel, recibo sobre recibo e assinatura sobre assinatura, que somente entre os anos 1503 e 1660 chegaram a San Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.

Saque? Não acredito! Porque seria pensar que os irmãos cristãos pecaram em seu Sétimo Mandamento.

Espoliação? Guarde-me Tanatzin de que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue de seu irmão!

Genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomé de las Casas, que qualificam o encontro como de destruição das Índias  ou a radicais como Arturo Uslar Pietri, que afirma que o avanço do capitalismo e da actual civilização europeia se deve à inundação de metais preciosos!

Não! Esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata devem ser considerados como o primeiro de muitos outros empréstimos amigáveis da América, destinado ao desenvolvimento da Europa. O contrário seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito não só de exigir a devolução imediata, mas também a indemnização pelas destruições e prejuízos. Não

Eu, Evo Morales, prefiro pensar na menos ofensiva destas hipóteses.

Tão fabulosa exportação de capitais não foram mais que o início de um plano ‘MARSHALLTESUMA’, para garantir a reconstrução da bárbara Europa, arruinada por suas deploráveis guerras contra os cultos muçulmanos, criadores da álgebra, da poligamia, do banho quotidiano e outras conquistas da civilização.

Por isso, ao celebrar o Quinto Centenário do Empréstimo, poderemos perguntar-nos: Os irmãos europeus fizeram uso racional, responsável ou pelo menos produtivo dos fundos tão generosamente adiantados pelo Fundo Indo-americano Internacional?Lastimamos dizer que não. Estrategicamente, o dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em armadas invencíveis, em terceiros reichs e outras formas de extermínio mútuo, sem outro destino que terminar ocupados pelas tropas gringas da OTAN, como no Panamá, mas sem canal. Financeiramente, têm sido incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de cancelar o capital e seus fundos, quanto de tornarem-se independentes das rendas líquidas, das matérias primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo. Este deplorável quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e os juros que, tão generosamente temos demorado todos estes séculos em cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus as vis e sanguinárias taxas de 20 e até 30 por cento de juros, que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo. Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos adiantados, mais o módico juros fixo de 10 por cento, acumulado somente durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça.

Sobre esta base, e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, informamos aos descobridores que nos devem, como primeiro pagamento de sua dívida, uma massa de 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambos valores elevados à potência de 300. Isto é, um número para cuja expressão total, seriam necessários mais de 300 algarismos, e que supera amplamente o peso total do planeta Terra.

Muito pesados são esses blocos de ouro e prata. Quanto pesariam, calculados em sangue?

Alegar que a Europa, em meio milénio  não pode gerar riquezas suficientes para cancelar esse módico juro, seria tanto como admitir seu absoluto fracasso financeiro e/ou a demencial irracionalidade das bases do capitalismo.

Tais questões metafísicas, desde logo, não inquietam os indo-americanos  Mas exigimos sim a assinatura de uma Carta de Intenção que discipline os povos devedores do Velho Continente, e que os obrigue a cumprir seus compromissos mediante uma privatização ou reconversão da Europa, que permita que a nos entregue inteira, como primeiro pagamento da dívida histórica.

* Segundo algumas fontes este teria sido o texto de um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de descendência indígena, defendendo o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Europeia. A conferência dos chefes de Estado da União Europeia, Mercosul Caribe, em maio de 2002 em Madrid, viveu um momento revelador e surpreendente: os chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irónico  cáustico e de exactidão histórica que lhes fez Guaicaípuro Cuatemoc.*