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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O respeito é bom e conserva os dentes na boca!

Irra!
Acabei de ter uma desconversa com um daqueles tristes energúmenos que acompanham os candidatos a poleiros autárquicos e vão distribuindo panfletos e bugigangas aos pobres transeuntes. O dito energúmeno entretinha-se a atafulhar as caixas de correio com lixo propagandistico. Como lhe chamei a atenção para o facto de algumas caixas, a minha incluida, apresentarem o distico "Publicidade não endereçada, aqui não. Obrigado", adoptou pose de chico esperto e declarou solenemente: 
"- A campanha eleitoral está acima dessas coisas! Isto é institucional!"
Expliquei-lhe então em que buraco é que ele podia enfiar os panfletos e de que forma é que podia conservar todos os dentes na boca e... a coisa azedou. A arruada (acho que é isso que lhe chamam) só não arruaçou porque um vizinho PSP (que também tem autocolante na caixa) chegou entretanto e reforçou-lhes o meu ponto de vista. Foram arruar para outro lado e nós lá tivemos, mais uma vez, que deitar no lixo resmas de papelada que deve equivaler a umas duas árvores. Bolas! Não há paciência!!!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

RENdimentos ilícitos e perigosos


Não. Não vou falar da gestão da REN, dos milhões, ou das SWAP. Podia... mas desta vez o assunto tem a ver com a REN e com roubos, mas aqui é a REN a vítima (leia-se nós) e o perigo é para nós (outra vez...) clientes, utilizadores da rede e por vezes vizinhos destas torres metálicas que sustentam as linhas de alta tensão. E o problema é mesmo esse: o metal de que são feitas.

O novo filão descoberto pelos larápios de metal são estas torres da Rede Eléctrica Nacional! Depois das guardas metalicas dos terraços e miradouros, das placas de sinalização das autoestradas, dos rails de protecção, das tampas de sarjeta e esgoto, etc... agora andam a descascar as torres das linhas de alta tensão.
 Tenho amigos no Ribatejo a quem roubaram, já por várias vezes, as cablagens dos pivots de regadio!

Tenho amigos no Alentejo a quem já roubaram, por várias vezes, os Grupos Geradores de Energia Eléctrica que alimentam as propriedades.

Já fiquei "agarrado" a meio de um trabalho numa herdade, porque a energia eléctrica foi-se de repente
pois alguém tinha acabado de roubar o PT instalado no poste da estrada.
Por isso todos os meus referidos amigos agora andam armados e fazem vigilância nocturna nos campos. E se apanham um destes espécimes, disparam primeiro e perguntam depois. E têm razão!...
Quando o Estado se demite das suas obrigações, não dota as forças de segurança dos meios necessários para actuarem eficazmente e não lhes dá formação adequada para não serem
os incompetentes que alguns são, não corrige as leis e põe os juízes no seu devido lugar, está aberto o precedente para o cidadão resolver os assuntos à sua maneira.
Portugal poderá não ser far de nada e é com certeza a west de alguns sítios, mas que isto está cada vez mais uma cowboyada, isso está!...


JoTa

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Democracia em falência

Todos os que me conhecem e alguns dos que me lêem, sabem o eu acho do actual regime partidocrático e seus representantes. Sabem o que penso, quanto a alimentar a podridão continuando a legitimar o sistema através do voto nos partidos e/ou seus representantes.
Como não temos palas nos olhos nem somos sensíveis a campanhas de marketing ou rasgos eleitoralistas, não temos medo de ouvir e por vezes, concordar com qualquer dos lados. Por isso divulgo aqui o seguinte texto:

 
NOTA: Em conformidade com os princípios do autor deste blog, o texto que se segue é uma transcrição "desacordizada" e devidamente traduzida para português. O original pode ser lido em:

in OEIRAS ATUAL - Boletim Municipal



"A falência da nossa Democracia



Em 1863, na sequência de uma das mais importantes batalhas da guerra civil norte-americana, Abraham Lincoln explicou em poucas palavras o que é a Democracia: "Governo do Povo, pelo Povo, para o Povo".

Os dias porque passamos no nosso País fazem-nos pensar se vivemos efectivamente em Democracia.

Os representantes do Povo no Parlamento não são escolhidos pelo Povo,
mas antes – na maior parte dos casos – representantes de directórios partidários que escolhem amigos ou parceiros de facção, muitas vezes em total desrespeito pelas idiossincrasias locais.

A separação de Poderes, pilar central do Estado de Direito democrático é hoje uma miragem no nosso País: o poder executivo confunde-se com o poder legislativo, tantos são os diplomas com origem no Governo e tantas são as autorizações legislativas do Parlamento no órgão executivo; o poder judicial confunde investigação com perseguição, soltando informação para o mediatismo e esquecendo o dever de reserva que permite a imparcialidade – a forma como muitos magistrados surgem na praça pública a comentar processos ou decisões judiciais (no que, imagine-se, são acompanhados por membros do poder executivo) é, aliás, uma novidade impensável numa democracia saudável.

O excesso de poder da alta finança na sociedade (e, imagine-se, no próprio Governo), esquecendo em poucos anos que foi a alta finança que nos arrastou para o buraco fundo em que vivemos, é a causa e a consequência do abjecto hiato entre ricos e pobres em que o nosso País vive. Imagine-
-se o que seria se um Presidente de Câmara nomeasse para Presidente de
uma qualquer Empresa Municipal um ex-funcionário bancário que, anos antes, tivesse tentado vender empréstimos especulativos a municípios que camuflassem a sua dívida.

Mesmo o Poder Local, vitória maior da democracia de Abril, não está mais a salvo da irresponsabilidade das últimas décadas. No passado, uma candidatura a uma Câmara Municipal saía do coração de uma comunidade, nascia das suas forças vivas. Hoje, sem qualquer tipo de vergonha na cara, os partidos do regime não hesitam em apresentar candidatos que nada têm a ver com uma comunidade, como se uma candidatura política não fosse mais do que um sabonete ou um boneco, disposto a ser vendido no próximo anúncio de televisão.

Sabemos que temos um País à beira da falência financeira mas, esta realidade, bem como a realidade que acima expusemos, é consequência da
real falência da partidocracia portuguesa. A evolução dos partidos políticos portugueses nas últimas décadas, entregues sobretudo ao carreirismo e aos directórios nacionais, que sobre tudo e sobre todos se impõem,
conduziu a República à situação de pré-falência e ao miserabilismo de
mão estendida, levando também a nossa democracia à falência moral e
de valores.

Os dramas que os portugueses hoje atravessam são da responsabilidade
dos partidos irresponsáveis que nos têm governado. O enorme hiato entre eleitos e eleitores é disso consequência. Naturalmente, o Povo está,
como nunca, distante e receoso dos seus dirigentes.

Na realidade, tem-se salvado o Poder Local. Foi nos municípios que mais se aprofundou a democracia. O Poder Local é o nível de decisão de maior proximidade e da defesa dos interesses do Povo. Era obrigação do Poder Central tratar da habitação social, foram os município que resolveram o problema de falta de casa; é obrigação do Poder Central construir esquadras, escolas ou centros de saúde, é o Poder Local quem os ergue. Apesar de tudo isto, de ser o Poder Local quem constrói casa, escolas, esquadras, quartéis de bombeiros, centros de saúde, bibliotecas, piscinas ou pavilhões desportivos, é ao Poder Local que são apontados os erros.

Talvez tal aconteça porque o Poder Local tem sabido defender-se dos grandes interesses, e se tenha concentrado no mais importante: nos interesses, qualidade de vida e felicidade das populações. Assim tem acontecido também porque o Poder Local tem reflectido as tendências da comunidade pois, salvo raras excepções, as candidaturas nascem das suas forças vivas. O brio do autogoverno de uma comunidade tem excluído, quase naturalmente, os candidatos de fora, os chamados para-quedistas políticos.

Veja-se o caso do nosso Município: desde o século XIX que em Oeiras não há um presidente de Câmara que não viva no concelho, sinal de que esta é uma comunidade orgulhosa e pujante; sabedora que o autogoverno é uma importantíssima conquista que importa preservar.

Ao invés da demonização a que temos assistido nos últimos anos, o Poder Local deveria servir de exemplo à refundação do nosso regime: na proximidade, transparência e defesa dos interesses da comunidade.
Creio, aliás, que só assim será possível salvar este regime democrático.

O salto qualitativo que é necessário que a nossa democracia dê só pode ser nesse sentido: maior transparência, maior rigor, maior proximidade, maior defesa dos interesses do Povo; no fundo, tal não será mais do que realizar o "Governo do Povo, pelo Povo e para o Povo" que Lincoln dizia que não poder desaparecer da face da terra.

Esta é a obra maior do Município de Oeiras nas últimas décadas. Aqui venceu o Povo. Em Oeiras venceram os pobres que receberam dignidade, os ricos que viram valorizado o seu património e a classe média, que ganhou emprego e segurança. Em Oeiras ganhámos todos; em Oeiras as oportunidades foram e são de todos; na nossa terra não há excluídos!

Este é um legado de trinta anos de continuidade estratégica; este é o nosso modelo; este é o caminho de Oeiras!




EDITORIAL

Junho de 2013




PAULO VISTAS } Presidente da Câmara"

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Terrorismo Constitucional à lá Matrix






Mal acordei, tropecei na seguinte frase, escarrapachada no post de uma rede social, referindo-se obviamente a Passos Coelho:

"O canalha não desarma! Insiste na agressão ao país e à Constituição saída da Revolução de Abril. Não consegue esconder o ódio a tudo o que ela significa."



É verdade que o moço não acerta uma, mas referirmo-nos ao TC como um grupo profetas protectores do Livro da Vida, é quase uma cena Matrix! Quando a realidade é mais: um conjunto de caciques caquécticos a defender, consoante a maré, um livrinho cheio de mandamentos quase todos obsoletos e na sua maioria cozinhados pelas fundações da partidocracia para ser usado sempre em proveito próprio.
Querem o comprimido vermelho, ou vão continuar com o azul?...

JoTa

domingo, 1 de setembro de 2013

INCENDIÁRIOS



O jovem suspeito de ter ateado um incêndio florestal "de grandes dimensões" na serra do Caramulo e no qual morreram três bombeiros, Fernando Marinho, de 20 anos, ficou sábado em prisão preventiva. O jovem confessou ter agido com um amigo, Patrick Luís, de 28 anos, que mora no Luxemburgo, segundo conta o Correio da Manhã.


Foto: Lusa

A notícia é avançada pelo Correio da Manhã, na sua edição de hoje

com o título "Incendiaram o Caramulo de mota".

A medida de coação foi aplicada a Fernando depois de ter sido ouvido durante várias horas em primeiro interrogatório que decorreu no Tribunal de Viseu.

Fernando foi detido sexta-feira pela Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Aveiro e da Directoria do Centro, com a colaboração do Núcleo de Protecção Ambiental da GNR de Viseu de Santa Comba Dão.

Fonte da PJ explicou que o jovem agiu "em colaboração com um outro indivíduo, este emigrante e actualmente no estrangeiro", ateando "vários focos de incêndio na Serra do Caramulo, nos concelhos de Vouzela e Tondela, no dia 20 de Agosto, que se transformaram num fogo de grandes dimensões e em cujo combate perderam a vida dois bombeiros".

Segundo o Correio da Manhã, o amigo chama-se Patrick Luís, tem 28 anos e reside no Luxemburgo, para onde entretanto já terá regressado.

As autoridades portuguesas já pediram um mandato de detenção europeu para o Patrick.

Na página Facebook de Fernando podem ver-se imensas fotos do incêndio no Caramulo e este deixou mesmo uma mensagem para a Ana Rita Pereira, bombeira de Alcabideche que morreu no incêndio. “Obrigada por tudo que fizeste por [sic] o distrito de Viseu. Descansa em paz!”.

Fernando diz que Patrick o ajudou a atear incêndio para se vingar de multa que recebeu da GNR

Na página Facebook, Fernando tem uma série de fotos diante de um carro de matrícula luxemburguesa.

Fernando terá dito à Polícia que o amigo que mora no Luxemburgo terá agido por vingança, depois de lhe ter sido aplicada uma multa pela GNR.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ARMAS QUÍMICAS

LEMBRAM-SE?




"GUERRA NO IRAQUE


CIA e MI6 sabiam que não havia armas de destruição maciça


por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca18 março 2013

As secretas dos EUA e do Reino Unido ignoraram informações de dois elementos do regime de Saddam Hussein sobre a inexistência de um programa ativo de armas de destruição maciça (ADM), segundo uma investigação da BBC.


A agência central de informações norte-americana CIA e os serviços de informações britânicos MI6 tiveram essas informações meses antes da invasão de março de 2003, mas ignoraram-nas e não as revelaram em inquéritos posteriores, segundo a investigação, a emitir hoje à noite numa edição especial do programa Panorama.

O jornal britânico The Guardian, que viu a reportagem, escreve hoje que ela mostra como o então ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano, Naji Sabri, disse ao então chefe da CIA em Paris, Bill Murray, através de um intermediário, que o programa de ADM do Iraque era "virtualmente nada".

Numa declaração escrita, Naji Sabri afirmou que a história contada pela televisão britânica é "completamente inventada".

Segundo o programa, meses antes da guerra, um responsável do MI6 encontrou-se com o chefe dos serviços secretos do Iraque, Tahir Habbush al-Tikriti, que também assegurou que Saddam não tinha um programa ativo de ADM.

O encontro foi na capital da Jordânia, Amã, "dias antes de o Governo britânico publicar o agora grandemente desacreditado 'dossier' sobre as armas iraquianas em setembro de 2002", escreve o jornal."

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Trapalhadas e aldrabices incendiárias


"Como as pessoas em Portugal têm a memória curta por esquecimento ou conveniência, vamos tentar elucidar, sucintamente, todo este imbróglio. Porque de um imbróglio se trata, apesar da aparente candura das palavras ministeriais."



Por João José Brandão Ferreira